No final dos anos 90 os tribunais regionais tem tido uma preocupação cada vez maior nesse “olhar para o passado” no que se refere à preservação da memória institucional. Isso se estabeleceu primeiramente de maneira isolada em cada tribunal e depois realizada, materializada através dos centros de memória e memoriais. Com o passar do tempo o que pode ser observado foi a necessidade dos tribunais e principalmente dos centros de memória a realização de ações em conjunto buscando a padronização dessas medidas, a busca por princípios comuns. Cada tribunal ficou responsável então de apresentar suas ideias e dar sua colaboração para que esse objetivo fosse alcançado. E deu tão certo que até hoje temos a realização dos Encontros Nacionais da Memória da Justiça do Trabalho e também a criação do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça.
O primeiro evento ocorreu em Porto Alegre no ano de 2006 significou marco importante e trouxe, definitivamente, a questão do resgate da história da Justiça do Trabalho para o âmbito nacional. O evento se tornou um espaço para a reflexão, o debate, a troca de novas ideias em torno da temática de preservação.
Em 2014 o evento em sua sétima edição que ocorrerá na sede do TRT da 7° região com o tema “Preservação e gestão documental: garantia de acesso à informação”.
O evento tem como objetivo além das disposições previstas no estatuto, além de ser um local para a exposição de ideias, e discussão incentivar a organização de Memoriais da Justiça do Trabalho nos tribunais que não possuam, acompanhar, orientar as políticas de preservação e o tratamento de modo adequado desses acervos.
Seguindo essa orientação, foi criado, durante o II Encontro, o Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho – Memojutra – com o objetivo de reunir representantes de todas as regionais e entidades afins em encontros regulares, nos intervalos de realização dos Encontros Nacionais. Conforme definido em estatuto, o Memojutra tem o objetivo de implementar ações e gestões junto ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Conselho Superior da Justiça do Trabalho –CSJT e Tribunal Superior do Trabalho –TST, entre outros, apresentar as demandas dos setores ligados à Memória e também sensibilizar seus representantes da necessidade de implementar políticas públicas consistentes de preservação documental.
Dessa forma, o Memojutra configurouse em importante instância de interlocução e debates, expressando o posicionamento dos Centros de Memória, Memoriais e Programas de Gestão Documental da Justiça do Trabalho.
0 Comentários